Iphan tomba de forma definitiva estação ferroviária Júlio Prestes em São Paulo, sede da Sala São Paulo, após 25 anos de solicitação

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou o tombamento definitivo do conjunto da estação ferroviária Júlio Prestes, localizada na região central de São Paulo. Construída em 1938, a estação agora é protegida pela legislação federal contra qualquer forma de destruição, demolição ou mutilação. Além disso, qualquer restauração ou modificação no local precisará de autorização prévia do Iphan.

A decisão foi tomada de forma unânime durante reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão máximo do Iphan para questões relacionadas ao patrimônio brasileiro. O tombamento foi solicitado em 1997 pelo então secretário estadual de Cultura, Marcos Mendonça, e após receber o tombamento provisório em 2022, agora foi garantido o tombamento definitivo.

A estação Júlio Prestes, projetada pelo renomado arquiteto Christiano Stockler das Neves, é um importante marco histórico e cultural de São Paulo. Abrigando a renomada Sala São Paulo desde 1999, a estação também é sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e do Coro da Osesp. No entorno do complexo cultural, no entanto, há o desafio da presença da cracolândia, com cerca de mil usuários de drogas que habitam a região desde a década de 1990.

Para a conselheira Nádia Somekh, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, a estação Júlio Prestes é um “bem cultural de alto valor”, cuja conservação tem sido realizada de maneira cuidadosa e sustentável. A história e a importância desse complexo cultural para a cidade de São Paulo são inegáveis, sendo crucial preservar e valorizar esse patrimônio para as futuras gerações.

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