O estudo, que entrevistou 21.787 mulheres com 16 anos ou mais, revela que o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha é limitado, mesmo em regiões onde sua divulgação deveria ser mais ampla. A coordenadora de Parcerias do Instituto Avon, Beatriz Accioly, ressaltou a importância de não apenas conhecer a existência da lei, mas compreender seus detalhes e como ela pode garantir os direitos das mulheres.
A pesquisa também aponta para a necessidade de aumentar a conscientização sobre os serviços de proteção à mulher. A delegacia especializada em atendimento à mulher é o órgão mais conhecido, com 95% de reconhecimento, enquanto a Casa da Mulher Brasileira é familiar para apenas 38% das entrevistadas.
A diretora executiva do Instituto Avon, Daniela Grelin, enfatiza que o conhecimento é fundamental para que as mulheres possam reivindicar seus direitos e interromper ciclos de violência. A partir desses dados, os legisladores podem ser orientados na criação de leis e políticas públicas mais eficazes e adequadas às necessidades de cada estado.
A pesquisa também aponta que, apesar de avanços em alguns estados, como Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal, ainda há muito a ser feito para garantir que a Lei Maria da Penha seja compreendida e utilizada de forma eficaz. Por isso, é necessário um esforço conjunto para educar e conscientizar a população sobre seus direitos e os serviços disponíveis para proteção das mulheres.