Essas peças consistem em objetos periciados, como celulares, HDs, computadores, vídeos, imagens e arquivos de áudio. A Seção de Computação Forense conta com 34 peritos e um técnico, e é responsável por realizar perícias em vestígios cibernéticos, auxiliando na consolidação de inquéritos policiais. Além disso, também realiza análises de imagens para reconhecimento facial, recuperação de vídeos em DVRs e comparação de locutores.
O aumento significativo na quantidade de peças examinadas é resultado de investimentos em automatização do trabalho, padronização dos exames, digitalização de processos e nova regulamentação sobre o nível de aprofundamento de cada exame. O crescente volume de materiais digitais apreendidos nas operações e nas demandas das investigações também contribuiu para esse aumento.
Além disso, a Seção de Computação Forense implementou algumas inovações em 2024, como o envio de transcrição automatizada via inteligência artificial de áudios, para facilitar o rastreamento diante do aumento de áudios nos celulares, e melhorias na ferramenta de indexação de evidências, o sistema FERA – Forensics Evidence Report Analyzer.
Essas análises embasam investigações conduzidas pela Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário. Exemplos de casos em que as perícias foram fundamentais incluem a morte de Tatiana Lorenzetti e o caso de Tatiane Spitzner, nos quais as análises de dispositivos digitais contribuíram para a condenação dos responsáveis.
Em entrevista, o perito criminal e chefe da seção, Henrique Galperin, destacou a dedicação e qualificação da equipe, assim como o uso de ferramentas e processos avançados. Já o diretor operacional da PCP, Ciro Pimenta, ressaltou o compromisso da equipe em manter altos padrões de qualidade e eficiência, contribuindo diretamente com o sistema de Justiça. Este recorde de produtividade demonstra o empenho e a excelência no trabalho realizado pela Seção de Computação Forense da Polícia Científica do Paraná.