O tratamento consistiu em aconselhamento clínico, nutricional, psicológico e exercícios físicos, com uma abordagem menos intensiva do que as usadas em estudos anteriores do grupo, visando aumentar a aderência dos adolescentes e reduzir os custos. Dentre as mudanças implementadas, destacam-se a prática de exercícios em casa, orientações nutricionais em grupo quinzenalmente e encontros psicológicos em grupo a cada duas semanas.
Os resultados foram bastante positivos, com uma melhora significativa nos níveis de leptina e adiponectina, hormônios relacionados ao controle do equilíbrio energético e processos inflamatórios. A prevalência de hiperleptinemia entre os adolescentes participantes caiu de 77,3% para 36,4%, demonstrando uma reversão do quadro inflamatório associado à obesidade.
Além disso, o tratamento promoveu a redução da resistência à insulina, da gordura visceral, da circunferência da cintura e de biomarcadores de risco cardiovascular, como PAI-1 e ICAM-1. Esses resultados são cruciais, uma vez que a obesidade na adolescência está relacionada ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares ao longo da vida.
Para os pesquisadores, a intervenção interdisciplinar mostrou-se eficaz em melhorar a saúde dos adolescentes com obesidade, trazendo benefícios não apenas estéticos, mas também impactando positivamente em sua qualidade de vida e reduzindo os riscos de complicações futuras. A importância de abordagens como essa no combate à obesidade na adolescência é reforçada pelos resultados obtidos nesse estudo.