Esgoto a céu aberto afeta quase 50 milhões de brasileiros, revela novo recorte do Censo 2022 pelo IBGE.

O Brasil ainda enfrenta desafios quando o assunto é saneamento básico. Mesmo com melhorias nos números, cerca de 49,03 milhões de brasileiros ainda não conseguem descartar o esgoto de forma adequada, de acordo com o mais recente recorte do Censo 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados revelam que a situação é preocupante, com 39 milhões de pessoas despejando seus dejetos em fossas rudimentares ou buracos, enquanto mais de 4 milhões têm rios, lagos ou o mar como destino para o esgoto. Além disso, 1,18 milhão de brasileiros não possuem banheiro nem sanitário.

Esses problemas de esgotamento sanitário estão diretamente ligados à transmissão de doenças, como esquistossomose e cólera, além de causarem desequilíbrios ambientais, contaminando mananciais e rios. Na Região Norte, por exemplo, menos de 1/4 da população consegue destinar corretamente seu esgoto, sendo o Amapá o estado com o pior índice, com apenas 10,9% dos habitantes tendo acesso a sistemas adequados de esgotamento.

Apesar dos números alarmantes, o Brasil vem apresentando melhorias nesse cenário. Dados do IBGE mostram que, ao longo das últimas décadas, houve um aumento na proporção da população que reside em locais com coleta de esgoto ou em domicílios com fossa séptica.

Além disso, o levantamento revela que 97% dos brasileiros têm acesso adequado à água, com a Região Sudeste sendo a mais bem abastecida. Contudo, a Região Norte apresenta desafios, oferecendo água por meio da rede geral de distribuição para pouco mais da metade dos moradores de domicílios particulares.

A questão do descarte de lixo também é preocupante no país, com 18,4 milhões de brasileiros fazendo o descarte inadequado, seja em suas próprias casas ou em terrenos baldios. O lixo descartado de forma imprópria está associado à transmissão de doenças e ao desequilíbrio ambiental, sendo essencial a adoção de práticas adequadas de descarte.

Em suma, é fundamental que o Brasil continue avançando em políticas públicas que visem melhorar o saneamento básico e a gestão de resíduos, garantindo assim uma melhor qualidade de vida para toda a população.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo