Essa proliferação da malária está diretamente relacionada à presença de garimpeiros ilegais na região, que retomaram espaços e ampliaram a disseminação da doença. O relatório também aponta para um total de 363 óbitos de yanomamis registrados em 2023, sendo um número maior do que no ano anterior, sob a gestão de Jair Bolsonaro, que estimulava invasões de garimpeiros no território.
Profissionais de saúde que atuam na terra Yanomami afirmam que a incidência de malária na região é alarmante, com casos graves da forma falciparum da doença, que requerem uma resposta médica rápida devido ao risco de evolução para situações graves em poucos dias. Além disso, a malária tem impactos diretos na saúde dos indígenas e em seu modo de vida, prejudicando a obtenção de alimentos e contribuindo para quadros de desnutrição.
Diante desse cenário preocupante, o governo tem intensificado a distribuição de medicamentos para combater a malária, ampliado exames e buscas ativas de casos. O governo Lula também anunciou a ampliação do número de profissionais de saúde na região e prometeu a construção de um hospital indígena em Boa Vista, além da reforma de 22 unidades básicas de saúde.
A terra Yanomami, conhecida por sua extensão e dificuldade de acesso, enfrenta desafios logísticos para o controle da disseminação da malária. Os indígenas da região continuam enfrentando uma realidade de vulnerabilidade devido à presença de garimpeiros ilegais e à falta de medidas efetivas para conter os surtos da doença. A situação demanda uma ação urgente e eficaz para proteger a saúde e os direitos dos yanomamis.