Esta revisão para cima se deve, principalmente, ao impacto da nova alíquota de ICMS sobre os combustíveis, que entrou em vigor no primeiro dia do mês. Com isso, houve um aumento significativo no preço da gasolina na terceira quadrissemana de fevereiro, passando de 0,84% para 1,70%. Esse movimento acabou frustrando a previsão de desaceleração do índice como um todo e contribuiu para a elevação no grupo de Transportes, de 0,36% para 0,63%.
Contudo, há aspectos positivos a destacar, como a desaceleração nos grupos de Educação, Leitura e Recreação e Alimentação, conforme previsto. Em Educação, o índice passou de 0,73% para -0,14%, demonstrando a dissipação do efeito do reajuste das mensalidades escolares, que usualmente pressionam o grupo em janeiro. Já em Alimentação, a desaceleração gradual se mantém, apesar da pressão ainda existente em itens in natura como batata inglesa e cenoura.
A expectativa de Braz é que o ritmo de desaceleração continue até o final do mês, com uma projeção de o grupo Alimentação fechar abaixo de 1%, em comparação com os 1,54% registrados em janeiro. O economista ressalta que, embora o cenário não esteja evoluindo tão rapidamente quanto o esperado, a tendência de arrefecimento deve se manter.