SÃO PAULO – Presidente da Enel-SP depõe em CPI da Câmara Municipal de São Paulo sobre a demora no restabelecimento da energia após tempestade.

A CPI da Enel, realizada pela Câmara Municipal de São Paulo, ouviu Max Xavier Lins, presidente da Enel-SP, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital paulista. A investigação acontece em decorrência da demora no restabelecimento da energia na cidade após a tempestade ocorrida em 3 de novembro de 2023, que deixou milhares de imóveis sem eletricidade por vários dias na capital.

Max Xavier Lins, acompanhado de outros diretores da Enel, iniciou seu depoimento apresentando dados sobre a infraestrutura da empresa, área de abrangência, quantidade de pessoas atendidas, energia consumida e distribuída. O presidente destacou que a empresa investiu mais de R$ 6,7 bilhões em manutenção e expansão da rede desde que assumiu a gestão da operação de distribuição elétrica em 2018.

Segundo o presidente da Enel-SP, houve uma redução na duração e frequência das interrupções de energia entre 2017 e 2022, de acordo com os índices estabelecidos pela ANEEL. Além disso, a empresa melhorou seu desempenho em rankings de agências governamentais e órgãos de controle.

Lins também apontou a vegetação urbana arbórea como uma das causas da queda de energia, ressaltando que a poda e manejo dessa vegetação é de responsabilidade da Prefeitura, mas que a empresa também firmou um convênio para executar esse serviço.

O presidente da Enel-SP destacou que a tempestade de 3 de novembro foi um evento extremo, com ventos de até 105 km/h, e que a recuperação da energia foi um trabalho bem-sucedido, mesmo que a curva de restabelecimento parecesse longa para aqueles que ficaram vários dias sem eletricidade.

No decorrer da CPI, vários vereadores questionaram o representante da Enel sobre a qualidade do serviço, o aumento do lucro da empresa em contraste com a queda na qualidade do serviço e o número de reclamações. Lins defendeu a empresa, apresentando os balanços financeiros dos últimos anos e apontando que a Enel investiu mais do que lucrou.

A partir de questionamentos sobre o evento climático do dia 3 de novembro, os vereadores abordaram a redução do número de funcionários da Enel, os impactos dessa redução no serviço, as ações da empresa para mitigar os impactos das mudanças climáticas e a distribuição dos esforços para normalização da distribuição elétrica.

A CPI da Enel foi criada no dia 9 de novembro de 2023 com o objetivo de investigar a atuação da Enel, principalmente após a demora no restabelecimento da energia na cidade após a tempestade de 3 de novembro. Os vereadores João Jorge, Ricardo Teixera, Jorge Wilson Filho, Dr. Milton Ferreira, Elaine do Quilombo Periférico, Luna Zarattini e Thammy Miranda compõem a comissão.

A íntegra dos trabalhos da CPI pode ser conferida em vídeo disponibilizado pela Câmara Municipal de São Paulo.

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