O próprio presidente Ortega fez declarações polêmicas, acusando aqueles que foram expulsos de “deixarem de ser nicaraguenses” ao se mudarem para os Estados Unidos e a Espanha, agora se considerando “ianques” e “espanhóis”, respectivamente. Ele ironizou o fato, dizendo que eles deviam estar muito felizes por serem “ianques” ou “espanhóis”. As medidas do governo geraram uma onda de condenação por parte de organismos de direitos humanos da ONU, Estados Unidos, União Europeia (UE) e outros países.
Além disso, vários renomados escritores nicaraguenses, como Sergio Ramírez e Gioconda Belli, foram recebidos e receberam cidadania pela Espanha em meio a essa perseguição. O caso do bispo monsenhor Rolando Álvarez também chamou atenção, ao ser liberado e despojado de sua nacionalidade, mas preferir a prisão ao exílio. Ele e outros religiosos foram enviados para Roma após um acordo com o Vaticano.
Essas ações do governo de Ortega levaram a adoção de sanções pelos Estados Unidos e pela União Europeia. O presidente, que está no poder desde 2007 ao lado de sua esposa Rosario Murillo, como líder da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), enfrenta profunda rejeição por parte da comunidade internacional devido a essas violações dos direitos humanos e restrições à liberdade de expressão. A situação na Nicarágua continua sendo acompanhada e monitorada de perto pelos organismos internacionais e governos de diversos países, devido à gravidade dos acontecimentos.