Após concluir o ensino médio, a vida de Galba tomou um rumo de descobertas e desafios, especialmente marcado pelo enfrentamento do preconceito ao assumir sua identidade LGBTQIA+. Sua decisão de cursar Cinema na faculdade teve como objetivo questionar e repensar a produção cultural brasileira, buscando imprimir maior representatividade e inclusão, guiada pelo seu olhar singular como travesti.
Aos 30 anos, Galba já acumula uma vasta produção artística, brilhando como atriz em séries e filmes, deixando sua marca como diretora em diversas obras e contribuindo como roteirista em projetos de sucesso. Sua presença em mais de 20 festivais e os prêmios recebidos pelo curta-metragem “Jéssika” demonstram seu talento e reconhecimento.
Em entrevista, Galba fala sobre a representatividade trans na indústria do entretenimento, destacando os avanços conquistados pelas pessoas trans, mas reconhecendo os desafios ainda enfrentados por profissionais trans, especialmente na área do cinema. Além disso, compartilha sua missão de humanizar as histórias que conta, buscando apresentar personagens trans de forma complexa e multifacetada.
Com uma carreira consolidada, Galba se prepara para novos projetos. Juntamente com o dramaturgo Rafael Souza Ribeiro, ela desenvolverá uma peça de teatro e um filme, ambos com o objetivo de desafiar estereótipos, especialmente na abordagem de temas contemporâneos com uma perspectiva crítica e ácida, e destacando a riqueza e diversidade do Nordeste brasileiro.
Galba Gogóia, a cineasta, a roteirista, a atriz, é um exemplo de determinação, talento e compromisso com a representatividade e inclusão. Sua contribuição para o cinema já é marcante, e sua esperança é que sua obra seja lembrada por sua qualidade e impacto, independentemente de rótulos. Com projetos futuros que prometem continuar desafiando estereótipos e oferecendo narrativas inclusivas e representativas, Galba prepara-se para continuar a deixar seu legado na indústria do entretenimento.