Além de atuar em São Paulo, Valdemar também teve participação em empresas que exploravam caulim, um minério usado na indústria, no Amazonas. Além disso, teve outras duas empresas dedicadas à extração de areia, argila e água mineral em Mogi das Cruzes e cidades próximas. No entanto, uma das empresas foi condenada por dano ambiental. Em 2019, a Justiça determinou que Valdemar pague uma indenização pela devastação de uma área equivalente a 28 campos de futebol em Biritiba Mirim (SP), o valor da indenização ainda não foi calculado, mas deverá ser de pelo menos R$ 100 mil.
Além disso, o presidente do PL é sócio de um militante pró-garimpo, Francisco Jonivaldo Mota Campos, conhecido como Joni Motta, uma das lideranças do movimento Garimpo é Legal, que atua na região norte. Por meio da empresa Reflorestadora Holanda, subsidiária de um grupo holandês, Mota se associou a Valdemar para um projeto de reflorestamento, mas a matriz europeia foi processada por fraude e o negócio acabou extinto.
A defesa de Valdemar foi procurada, mas não quis comentar o assunto. Em depoimento à Polícia Federal após a prisão, o ex-parlamentar afirmou ter recebido uma pepita de ouro de presente, há quatro ou cinco anos, “de uma pessoa da qual não se recorda e nem mantém contato atual”.
É importante ressaltar que o UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo. As atividades de Valdemar na área de mineração têm sido objeto de atenção e questionamento, especialmente no que diz respeito a questões ambientais e de transparência.