As declarações de Zelensky geraram repercussão internacional, com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, pedindo que a Rússia respondesse a todas as perguntas sobre o caso. Além disso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o ocorrido serve como um “lembrete sombrio do que Putin e seu regime representam”.
Navalny estava cumprindo pena em uma colônia penal remota em Kharp, conhecida como “Lobo Polar”, localizada no Círculo Polar Ártico. Ele havia sido condenado a 19 anos de detenção por “extremismo” e cumpria pena em um regime que normalmente é reservado a condenados à prisão perpétua ou detentos perigosos.
O opositor político foi um protagonista nos protestos de 2011 e 2012 na Rússia, que denunciaram suposta fraude eleitoral e corrupção no governo de Putin. Em 2013, Navalny obteve 27% dos votos em uma eleição para prefeito de Moscou, alcançando o auge de sua carreira política.
Além disso, ao longo de suas investigações contra o governo russo, Navalny identificou um suposto palácio construído no Mar Negro para uso pessoal de Putin, bem como mansões e iates utilizadas pelo ex-premiê e ex-presidente Dmitri Medvedev.
Em 2020, Navalny sofreu um envenenamento com novichok e recebeu tratamento na Alemanha. Após se recuperar, ele voltou à Rússia, onde foi detido e condenado a várias penas de prisão totalizando mais de três décadas atrás das grades.
A morte de Navalny gerou uma onda de comoção e protestos ao redor do mundo, com líderes políticos e a sociedade civil demandando esclarecimentos sobre as circunstâncias do falecimento e exigindo responsabilização das autoridades russas quando ao ocorrido. A história de Navalny continuará sendo importante nos próximos dias e semanas, à medida que surgirem novas informações e desdobramentos a respeito do caso.