Após a conclusão da investigação, cujos detalhes estão sob sigilo, a PCDF formalizou as acusações de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro contra Jair Renan e Maciel Alves. O relatório final da investigação foi encaminhado ao Poder Judiciário no dia 8 de fevereiro, e agora cabe ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) analisar o caso e decidir se oferece denúncia para instaurar um processo penal na Justiça.
No ano passado, uma operação de busca e apreensão foi realizada contra os acusados. O inquérito apontou para a existência de uma associação criminosa que utilizava empresas de fachada ou “fantasmas” para obter vantagens econômicas, bem como a inserção de terceiros como “laranjas” para ocultar o verdadeiro proprietário das empresas. A Operação Nexum foi conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da PCDF.
A reportagem buscou contato com o advogado Admar Gonzaga, responsável pela defesa de Jair Renan, que afirmou não ter declarações a fazer sobre o caso no momento. Já a defesa de Maciel Alves não foi localizada até a publicação desta matéria.
A conclusão do inquérito e as acusações formais representam um avanço significativo na investigação do caso, trazendo à tona novos desdobramentos e implicando diretamente o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro em um caso de lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. Resta aguardar os próximos passos do MPDFT em relação ao caso.