Rio de Janeiro inicia estudo de vacinação contra dengue em adultos, em parceria com Ministério da Saúde e Fiocruz

Nesta sexta-feira (16), no Rio de Janeiro, tem início um estudo que pretende vacinar 20 mil adultos contra a dengue, numa iniciativa da prefeitura em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A vacinação acontecerá na região de Guaratiba, zona oeste da cidade, e será destinada a pessoas com idade entre 18 e 40 anos.

A participação no estudo será voluntária, com os nomes sorteados entre usuários cadastrados nas unidades de atenção primária de saúde da região. A vacina será administrada em duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas, totalizando 40 mil aplicações. Aqueles que já tiveram dengue não estão impedidos de participar da pesquisa.

Ao longo de dois anos, os pesquisadores vão coletar informações sobre casos, hospitalizações e mortes para observar a diferença de comportamento do vírus entre os vacinados e os não vacinados. A partir disso, será avaliada a eficácia da vacina na população adulta e sua possível incorporação nacional.

O imunizante utilizado será o Qdenga, fabricado pelo laboratório japonês Takeda e recentemente incorporado pelo Ministério da Saúde ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A Qdenga oferece proteção contra os quatro subtipos do vírus da dengue: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.

Atualmente, o Ministério da Saúde está distribuindo lotes da vacina para municípios brasileiros que atendem aos critérios estabelecidos pela pasta em conjunto com os conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Neste momento, o público-alvo são pessoas com idades entre 10 e 14 anos.

A cidade do Rio de Janeiro está em situação de emergência desde o dia 5 deste mês, após a confirmação da segunda morte por dengue. No estado, já são quatro óbitos em 2024: dois na capital, um em Mangaratiba e um em Itatiaia. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) mostram 39.311 casos prováveis de dengue até o momento, no período entre janeiro e 13 de fevereiro. No ano passado, foram registrados 51.479 casos prováveis da doença, com 32 mortes, segundo o Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ) da secretaria.

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