Falta de professores na rede estadual de São Paulo compromete início do ano letivo em várias unidades.

“Problemas na atribuição de aulas afetam milhares de professores e estudantes na rede estadual de São Paulo”

O começo do ano letivo das escolas da rede estadual de São Paulo foi marcado por dificuldades na atribuição de aulas para milhares de professores, ocasionando falta de docentes em algumas unidades logo no primeiro dia de aula. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi a responsável por mudar as regras de definição de aulas para os professores temporários, que são quase metade do total de 216 mil docentes que atuam na rede paulista.

Após dez anos sem contratar efetivos, a Secretaria Estadual de Educação realizou um concurso com a previsão de convocar 15 mil docentes, porém a contratação está prevista apenas para 2025. Para este ano letivo, os aprovados teriam apenas prioridade na atribuição de aulas. A mudança nas regras priorizou os professores aprovados com maior nota no concurso, em detrimento daqueles com mais tempo de atuação na rede, causando um descompasso na atribuição de aulas.

Consequentemente, muitos professores aprovados com maior pontuação possuem cargos em outras redes de ensino ou escolas, o que ocasionou a falta de atribuição de aulas a um profissional. Isso gerou situações onde professores tiveram que dar aula para mais de uma turma ao mesmo tempo e estudantes ficaram com o horário vago por falta de profissionais.

Além disso, os professores aprovados ficaram sem aulas atribuídas e sem receber salários, causando descontentamento e preocupação. A Secretaria Estadual de Educação se pronunciou, informando que a atribuição das aulas que continuam sem docente será feita ainda nesta semana e que nenhum aluno será prejudicado. Houve relatos de falta de professores em número suficiente, levando os alunos a assistirem apenas a duas ou três aulas por dia, evidenciando a precariedade do quadro de profissionais nas escolas da rede estadual.

A falta de contratação de efetivos há mais de uma década no estado resulta anualmente em déficit de profissionais disponíveis para atuar nas escolas. Professores que atuam como temporários não possuem vínculo com as unidades e relatam a falta de clareza nos critérios de prioridade na atribuição de aulas.

A situação gerou críticas e uma ação do sindicato da categoria, que questionou os resultados do processo seletivo. Houve a exigência de uma investigação do Ministério Público, demonstrando a insatisfação dos profissionais com a situação.

A Secretaria Estadual de Educação informou que continuará com o processo de atribuição e que trabalha continuamente com o reconhecimento e a valorização da atividade docente, evidenciando a urgência de solucionar as questões enfrentadas pelos professores e estudantes da rede estadual de São Paulo.

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