No entanto, a diretora-geral do FMI ressaltou que as perspectivas de crescimento a médio prazo permanecem fracas, em torno de 3%, comparado com a média histórica de 3,8%. Ela também abordou as potenciais oportunidades e desafios trazidos pelo desenvolvimento da inteligência artificial, apontando que cerca de 40% dos empregos estão expostos à IA, e seus efeitos são incertos.
Além disso, Georgieva falou sobre as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o Oriente Médio e o Norte da África, prevendo um crescimento próximo de 2,9% em 2024. Ela explicou que este resultado está abaixo das projeções de outubro, devido aos cortes de curto prazo na produção de petróleo, ao conflito Gaza-Israel e às políticas monetárias rigorosas.
A diretora-geral do FMI ressaltou a importância da região árabe num mundo em rápida mudança, fazendo uma analogia com o provérbio árabe “uma árvore começa com uma semente”. Ela destacou o papel crucial que a região tem desempenhado e a necessidade de plantar “sementes” de crescimento, cooperação, paz e prosperidade.
Em relação ao conflito Gaza-Israel, Georgieva mencionou que a guerra teve um impacto devastador na região de Gaza, com uma queda de 80% na atividade econômica entre outubro e dezembro do ano passado, em comparação com o ano anterior. Na Cisjordânia, a queda foi de 22% no mesmo período. Ela enfatizou que apenas uma paz duradoura e uma solução política poderão mudar fundamentalmente a situação econômica, e que o conflito está impactando negativamente o turismo local.
A diretora-geral também abordou o impacto do conflito na região e fora dela, destacando o aumento dos custos de frete e a redução dos volumes de trânsito no Mar Vermelho. Dessa forma, Kristalina Georgieva apresentou uma análise abrangente dos desafios e oportunidades econômicos que a região árabe e o mundo enfrentam atualmente.