Essas declarações repercutiram negativamente, evidenciando o risco para o pacto militar do Atlântico Norte caso Trump ganhe um novo mandato na Casa Branca. O ex-presidente, que há muito tempo critica a Otan e tem relações próximas com o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a aliança “estava quebrada” até ele assumir a Presidência em 2017.
Os comentários de Trump foram rechaçados pelo governo do atual presidente, Joe Biden, que os descreveu como “chocantes e desequilibrados”. Um porta-voz da Casa Branca afirmou que “encorajar invasões de regimes assassinos” a países aliados de Washington coloca em perigo a economia e a segurança americana, além da estabilidade global.
Essas declarações de Trump evidenciam a possibilidade de que, caso eleito presidente novamente, ele poderá ameaçar o compromisso com a defesa mútua que está no cerne da aliança da Otan, num momento em que os temores em relação à Rússia aumentaram após a guerra contra a Ucrânia. Recentemente, o ex-presidente pressionou o Congresso americano para se opor à aprovação de novos pacotes de ajuda a Kiev.
Durante seu mandato, Trump foi um crítico ferrenho da Otan, ameaçando repetidamente sair da aliança, diminuindo o financiamento de defesa e reclamando que os EUA estavam pagando mais do que sua parcela justa. Além disso, ele pediu a desescalada na guerra da Rússia na Ucrânia e reclamou dos bilhões gastos até o momento.
Portanto, as declarações de Trump evidenciam a possibilidade de que, caso eleito para um novo mandato, a aliança da Otan corre o risco de ser enfraquecida, colocando em dúvida o compromisso com a defesa mútua e a segurança dos países membros.