Ministro do STF manda soltar o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, após prisão por posse supostamente irregular de arma.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a soltura do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na última sexta-feira, 9. Costa Neto havia sido preso após a Polícia Federal encontrar uma arma de fogo com posse supostamente irregular em sua residência durante uma operação. Além disso, os federais também encontraram uma pepita de ouro, cuja origem teria sido identificada como sendo de garimpo pela primeira perícia da PF.

Moraes justificou a soltura de Costa Neto relatando que o investigado é idoso, com 74 anos de idade, e não teria cometido os crimes com violência ou grave ameaça. O ministro também destacou que os objetos foram encontrados dentro de sua residência no momento do cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

A defesa de Costa Neto afirmou que a posse de pedra não configura delito, segundo a própria jurisprudência. Além disso, em nota, também apontou que a arma é registrada, tem uso permitido, pertence a um parente próximo e foi esquecida há vários anos no apartamento dele.

As investigações da Polícia Federal apontam que o partido de Valdemar Costa Neto foi “instrumentalizado” para financiar a falsa narrativa de fraude nas urnas eletrônicas brasileiras, para tentar legitimar as manifestações de apoiadores do presidente Bolsonaro que ocorriam próximo a instalações das Forças Armadas, após o segundo turno das eleições de 2022.

O Partido Liberal entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular os votos de mais de 279 mil urnas eletrônicas alegando que o sistema teria tido “mau funcionamento”. No entanto, o partido foi multado por “má-fé” devido à falta de provas.

Após o segundo turno das eleições, o PL pediu uma “verificação extraordinária” das urnas eletrônicas, alegando que houve “quebra de confiabilidade dos dados extraídos” de parte dos aparelhos. A versão do partido era a de que Bolsonaro teria vencido o segundo turno eleitoral contra o presidente Lula, mas essas alegações foram contestadas e não foram comprovadas pela Justiça Eleitoral.

Dessa forma, a soltura de Valdemar Costa Neto representou mais um desdobramento no cenário político brasileiro, trazendo à tona a influência política e as estratégias contestáveis de alguns partidos durante o processo eleitoral. É importante ressaltar que as investigações realizadas pelas autoridades competentes estão em andamento, e novas informações podem surgir conforme o desenrolar dos procedimentos legais.

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