A situação no país era tensa, com soldados deslocados para garantir a segurança nas seções eleitorais e o fechamento temporário das fronteiras com o Irã e o Afeganistão. Áreas tribais porosas eram alvo de grupos militantes islâmicos, gerando temores de tensões provenientes do Oriente Médio. Apesar do clima tenso e da violência, os jornalistas relataram longas filas de eleitores em todo o país, evidenciando a determinação do povo paquistanês em exercer seu direito de voto.
Os líderes da oposição criticaram o corte na telefonia, argumentando que a população precisava se manter informada e ter acesso a serviços de localização para encontrar suas seções de votação. Na cadeia, o ex-premiê Imran Khan pediu que seus apoiadores compartilhassem as senhas do Wi-Fi de suas casas para que todos os eleitores tivessem acesso à internet.
Nawaz Sharif, favorito para levar a maioria das cadeiras, descartou qualquer possibilidade de governo de coalizão, enfatizando a importância de uma maioria clara no governo. Além das cadeiras no Parlamento, também estavam em jogo vagas nas assembleias legislativas locais, com um total de 128,5 milhões de pessoas aptas a votar.
O Paquistão enfrentava também uma grave crise econômica, tendo recorrido a um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional, e a instabilidade social e a violência de grupos armados, em sua maioria de caráter fundamentalista islâmico, continuavam sendo desafios significativos para o país, que é a única potência nuclear muçulmana do planeta.
Apesar das dificuldades, a determinação do povo paquistanês em exercer o seu direito democrático de voto era evidente, demonstrando uma crença inabalável na importância do processo eleitoral e na superação das adversidades para moldar o futuro do país.