Nesta terça-feira, 6, um funcionário terceirizado da Fundação Getulio Vargas (FGV) foi preso acusado de instalar duas microcâmeras no vestiário feminino da instituição. O infrator confessou ter instalado os equipamentos e foi detido pelas autoridades policiais.
Além disso, em posse de uma ordem de busca e apreensão, a polícia foi à casa do suspeito, um homem de 55 anos, e encontrou imagens pornográficas de crianças e adolescentes armazenadas em seu computador e em CDs.
A FGV notificou a empresa responsável pelo serviço de limpeza e solicitou o imediato afastamento do funcionário para apuração dos fatos, conjuntamente com as autoridades policiais.
De acordo com a polícia civil, uma pessoa envolvida no incidente informou, em depoimento à polícia, que a primeira câmera foi descoberta há aproximadamente dois meses, quando funcionárias terceirizadas do setor de limpeza desconfiaram de uma tomada, devido a um fio elétrico que saía dela.
No decorrer da investigação, uma segunda câmera foi encontrada dentro de um armário do vestiário, o que resultou na condução do funcionário ao 5.º Distrito Policial, onde ele confessou o crime e foi preso.
Além da instalação das microcâmeras, o homem também será indiciado por armazenamento de pornografia infantil, filmar a intimidade de alguém sem autorização e stalking.
A polícia também tem indícios de que o acusado perseguia uma das vítimas, a ponto de supostamente ter colocado um localizador na bolsa dela.
Em resposta ao incidente, a FGV divulgou uma nota na qual expressa repúdio à prática de qualquer forma de assédio, abuso ou discriminação e se coloca à disposição para colaborar com as investigações.
A empresa também recomendou que suas funcionárias que se sentissem vítimas dos crimes registrassem boletins de ocorrência perante as autoridades policiais competentes, o que permitiu a apuração, confissão e prisão do autor terceirizado.
Por fim, a reportagem tentou contato com a empresa de limpeza e com representantes do suspeito, mas não obteve retorno até o momento.