De acordo com os relatos das vítimas, o casal chegou à padaria por volta das 4h após uma festa e tentaram estacionar o carro, mas encontraram duas mulheres e um homem parados sobre a vaga. Após o motorista buzinar, dois dos três presentes teriam saído para o carro estacionar, mas uma mulher permaneceu no local de braços cruzados. Segundo o boletim de ocorrência, o homem teria voltado e a tirado de lá, porém a mulher teria voltado, empurrado o retrovisor do carro e iniciado os xingamentos e agressões verbais com termos homofóbicos.
Os vídeos postados no Instagram por Rafael Gonzaga, que estava com o namorado no momento do incidente, mostram a mulher proferindo termos homofóbicos na padaria. Além disso, a mulher teria pego um cone do estacionamento e atirado no casal, seguido por agressões verbais dentro da padaria.
Durante a confusão, a mulher é contida por um homem e proferiu frases como “Sou mais mulher do que você. Sou mais macho que você” e “Eu sou branca. Olha lá a hipocrisia. Vamos lá, chama a polícia. Vamos ver quem vai preso aqui”.
O gerente da padaria mencionou que essa não foi a primeira vez que a mulher causou problemas no local. Em outra ocasião, ela teria dado um tapa no rosto de um dos gerentes que trabalhava na madrugada. Segundo ele, a maioria do público da padaria é GLS e procuram respeitar e tratar todos bem.
Após o ocorrido, o casal criticou a atuação dos policiais, que teriam se recusado a registrar flagrante, e afirmaram estar seguindo os trâmites legais para que a mulher pague pelo crime de homofobia. O caso foi registrado na Decradi como preconceitos de raça ou de cor e lesão corporal.
Em nota à Folha, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que o caso está sendo apurado e que os policiais militares registraram uma notificação de ocorrência com as versões dos envolvidos, para encaminhamento à delegacia e orientaram as vítimas sobre prazo para representação criminal.