De acordo com os dados apresentados, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 0,31% em dezembro para uma elevação de 0,27% em janeiro. Ainda segundo a FGV, o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 0,40% em dezembro para uma elevação de 0,12% em janeiro. Dentro deste índice, o custo dos Materiais e Equipamentos passou de um aumento de 0,43% em dezembro para uma alta de 0,07% em janeiro, enquanto os Serviços saíram de um avanço de 0,11% para um aumento de 0,62%.
O destaque, entretanto, foi para o índice que representa o custo da Mão de Obra, que passou de uma elevação de 0,18% em dezembro para uma alta de 0,48% em janeiro. Segundo especialistas, esse aumento significativo no custo da mão de obra teve um impacto direto no resultado do INCC-DI de janeiro, impedindo que a inflação do setor da construção desacelerasse de forma mais expressiva.
A tendência de alta nos custos da construção tem chamado a atenção do mercado, uma vez que a retomada do setor após a crise econômica enfrentada nos últimos anos tem sido acompanhada de um aumento nos custos. A demanda reprimida por imóveis, aliada aos custos crescentes de insumos e mão de obra, tem pressionado os índices de inflação do setor, o que pode impactar o mercado imobiliário e a economia como um todo.
A alta nos custos da construção pode impactar desde o preço final dos imóveis até a viabilidade de novos empreendimentos, o que torna essencial o monitoramento contínuo dos índices de inflação do setor e a busca por soluções que minimizem os impactos desse cenário. A FGV e outros órgãos de pesquisa econômica devem seguir acompanhando de perto a evolução desses índices nos próximos meses, trazendo análises aprofundadas e orientando o mercado sobre os possíveis desdobramentos desse cenário.