Sargento declara durante CPI que valor de R$ 72 mil repassado a Cid foi proveniente da venda de veículo.

O sargento Luis Marcos dos Reis prestou depoimento nesta quinta-feira (24) à CPI do 8 de Janeiro sobre as movimentações financeiras atípicas que teve com o tenente Mauro Cid, atualmente preso. Reis afirmou que o envio de R$ 72,7 mil é resultado da venda de um carro.

Durante sua gestão na Ajudância de Ordens da Presidência, ambos os militares trabalharam no governo de Jair Bolsonaro. No entanto, Reis negou qualquer envolvimento em atividades ilícitas e afirmou que suas movimentações são fruto de suas atividades regulares.

No relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enviado à CPI do 8 de Janeiro, Reis foi identificado como um dos principais remetentes/depositantes, com um total de R$ 70.410,00 movimentados.

A CPI do 8 de Janeiro investiga as movimentações financeiras de militares e suas possíveis relações com o atentado contra a vida do presidente da República, ocorrido em 8 de janeiro de 2023.

Durante seu depoimento, Reis ressaltou que todas as suas movimentações são legais e têm suas devidas justificativas. Ele apresentou documentos comprobatórios da venda do veículo e afirmou que não tem conhecimento das atividades do tenente Mauro Cid.

Questionado sobre a relação com o presidente Bolsonaro, o sargento afirmou que tinha contato com o ex-presidente, mas que era apenas profissional, relacionado às suas funções na Ajudância de Ordens.

Ainda durante seu depoimento, Reis demonstrou colaboração com as investigações e afirmou estar à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos necessários.

A Casa Civil informou que está acompanhando atentamente as investigações da CPI do 8 de Janeiro e que tomará as medidas cabíveis caso sejam encontradas irregularidades envolvendo servidores da Presidência da República.

A CPI do 8 de Janeiro é composta por senadores de diferentes partidos e tem como objetivo esclarecer as circunstâncias do atentado ocorrido contra o presidente da República. A comissão está analisando documentos, ouvindo testemunhas e interrogando suspeitos para apurar todas as possíveis ligações com o crime.

É importante ressaltar que as investigações estão em curso e, portanto, é preciso aguardar os desdobramentos para entender completamente a situação e os possíveis desfechos desse caso. A CPI continuará trabalhando para esclarecer todos os fatos que envolvem as movimentações financeiras atípicas e buscar a verdade sobre o atentado que chocou o país.

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