O presidente do Fed ressaltou que poderia acontecer uma redução mais rápida das taxas em caso de enfraquecimento da economia, ou então, uma redução mais lenta em caso de inflação persistente. Diante disso, os mercados esperavam seis cortes a partir de março, porém, com as declarações de Powell na semana anterior e um relatório positivo de empregos em janeiro, essas expectativas diminuíram.
A entrevista de Powell ocorreu um dia antes do anúncio que a economia americana adicionou 353 mil empregos, quase o dobro do que os economistas previam. Esses números foram considerados indicativos de uma melhora no mercado de trabalho dos EUA. Powell destacou que o mercado de trabalho está forte e não houve um cenário de desaceleração preocupante.
Entretanto, outros membros do Fed levantaram preocupações em relação ao aumento salarial e dos preços dos serviços, o que poderia complicar a redução da inflação para a meta de 2%. Powell enfatizou que, apesar das leituras de inflação mais altas nos primeiros cinco meses do ano anterior, a tendência é que a inflação continue caindo nos primeiros seis meses deste ano.
A inflação, de acordo com Powell, estava caindo devido ao desfecho dos nós nas cadeias de suprimentos e ao impacto dos aumentos nas taxas do Fed. Ele ressaltou ser incomum o fato desses aumentos nas taxas de juros não terem ocasionado uma desaceleração mais acentuada na economia ou mercado de trabalho. A economia forte, o mercado de trabalho e a queda na inflação indicariam que o momento para iniciar a redução da postura restritiva em relação à política monetária está próximo. Por fim, Powell reiterou que o momento para a tomada de decisões está se aproximando.