A delegada da região de Valparaíso, Sofía González Cortés, informou que há informações preliminares sobre a morte de cerca de 10 pessoas, mas ainda não foram divulgados números oficiais a respeito das residências queimadas ou das pessoas retiradas. Apenas em Valparaíso, 480 hectares foram consumidos pelo fogo, de acordo com a Corporação Nacional Florestal (Conaf).
O presidente Boric utilizou a rede social X para compartilhar a dificuldade do combate contra o fogo devido às altas temperaturas e ventos. No entanto, ele assegurou que o governo, os bombeiros, a Conaf, a polícia e a sociedade civil estão mobilizados ao máximo para enfrentar a emergência.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a intensa fumaça na região da Rota 68, em Valparaíso, e muitas pessoas ficaram bloqueadas em estradas alternativas. A situação é descrita como angustiante por moradores locais, como Yvonne Guzmán, 63, que deixou sua casa em Quilpué, a cerca de 90 km de Santiago.
Desde a última quarta-feira, as temperaturas têm chegado a quase 40ºC na zona central do Chile, aumentando o risco de incêndios. Como medida de segurança, o Ministério dos Transportes bloqueou totalmente o trânsito devido à visibilidade reduzida pela fumaça na Rota 68, que liga Santiago a Valparaíso.
O gerente de proteção contra incêndios da Conaf, Pablo Lobos Stephani, ressaltou a recorrência de eventos como esse e a correlação com os recordes históricos de temperatura, atribuindo o aumento desses desastres naturais ao aquecimento global causado pela atividade humana.
Especialistas apontam que a região sul do continente está sofrendo com uma forte onda de calor, agravada pelo fenômeno climático El Niño e pelo aquecimento global. As altas temperaturas e as condições climáticas adversas têm contribuído para o aumento da frequência de incêndios, resultando em consequências devastadoras para o país.