De acordo com o professor Justin Rhodes, da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, responsável pelo estudo, a disparidade apontada no programa Saturday Night Live não está ligada à natureza, mas sim ao treinamento. Ele afirma que a minúscula diferença em que os homens aparecem em vantagem tem implicações culturais.
Rhodes e seus colegas destacam as falhas relativas às teorias de “superioridade masculina” na orientação espacial e na busca por caminhos. A equipe defende que é a prática que leva ao aperfeiçoamento. Nas populações em que os machos se dedicam mais a caçar e coletar do que as fêmeas, eles demonstraram ter melhor orientação espacial.
Além disso, o estudo revelou que a localização é afetada pelo idioma e sugere que a questão é a neuroplasticidade. Segundo Rhodes, a cultura ocidental pode ser responsável por incentivar mais os homens a atividades como a leitura de mapas, o que fez com que eles se saiam um pouco melhor nesses aspectos.
Por fim, o pesquisador ressaltou que a atenção recebida pelo estudo distorceu suas descobertas. Ele afirmou que algumas pessoas podem não estar satisfeitas com as suas conclusões, já que dedicaram suas carreiras a defender uma diferença biológica. Ele conclui que é hora de definir que isso não tem nada a ver com a biologia em seres humanos, e que, se a sociedade quiser resolver isso, deve mudar essa cultura. Segundo ele, as meninas que caçam e constroem mais do que os meninos se sairão melhor nessas atividades. Ele ainda afirmou que esse não é um diferencial biológico ou evolutivamente significativo.