A falha na linha 3-vermelha deixou usuários presos nos trens por mais de 40 minutos, forçando muitos a saírem dos vagões e caminharem entre os trilhos e túneis em busca de uma solução para chegarem em casa. Segundo o Metrô, a paralisação ocorreu devido ao acionamento dos dispositivos de emergência por passageiros, entre as estações Belém e Bresser, na zona leste da cidade.
A reportagem fez simulações de viagens chamadas por meio do aplicativo Uber, a partir da região central com destino para três pontos da zona leste fora do centro expandido. Os preços exorbitantes chamaram atenção, com uma corrida entre a estação do metrô República, no centro, até Guaianases, no extremo leste, custando R$ 155 às 20h. Já para a viagem até Itaquera, o valor era de R$ 130, e desembarcando no Tatuapé, o preço cobrado seria de R$ 100.
Em resposta, a empresa Uber explicou que o preço dinâmico é aplicado para incentivar que mais motoristas se conectem ao aplicativo, aumentando a disponibilidade de carros. Quando a demanda é atendida, os preços voltam ao normal. A empresa ainda ressaltou que o preço dinâmico é informado ao usuário no momento da solicitação da viagem.
A situação caótica no metrô de São Paulo levou os passageiros a buscarem alternativas de transporte, o que resultou em preços elevados nas corridas de carros de aplicativos. A demanda superou a oferta de motoristas, resultando em tarifas mais que dobradas para viagens na região leste da cidade. A situação evidencia a necessidade de investimentos no sistema de transporte público, a fim de evitar transtornos e custos excessivos para a população.