Prefeitura de São Paulo constrange mulheres ao restringir acesso ao aborto legal, atenta contra direitos e viola sigilo médico

A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Ricardo Nunes (MDB), tem constrangido mulheres e dificultado o acesso delas ao direito legal de interrupção da gravidez em casos permitidos por lei, como estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto. Essa restrição é considerada ilegal, desumana e abusiva, e vem gerando repercussão e indignação na sociedade.

De acordo com dados de janeiro deste ano, pelo menos 20 meninas e mulheres vítimas de violência sexual não foram atendidas pelo Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha. Esta situação não é um caso isolado, mas sim uma sequência de fatos que comprovam a natureza deliberada das medidas adotadas pela administração municipal.

Em dezembro de 2023, o serviço de realização de aborto legal no hospital foi suspenso pela gestão de Ricardo Nunes. A Justiça paulista já determinou três vezes a retomada do procedimento, estabelecendo prazos e multas diárias para garantir o cumprimento da decisão. Além disso, a prefeitura foi questionada em janeiro e chegou a retirar uma orientação oficial contra aborto legal após 22 semanas do ar.

Outro ponto que gerou preocupação foi a divulgação de que profissionais de saúde do Hospital Cachoeirinha teriam sido obrigados a entregar prontuários de pacientes que realizaram aborto legal entre 2020 e 2023. Se comprovada, esta ação configura uma violação grave do sigilo médico, garantido por lei.

Além disso, autoridades municipais e estaduais têm tentado burlar a legislação que garante o acesso ao aborto legal, dificultando o cumprimento deste direito reconhecido no país desde a década de 1940. Medidas recentes em estados e municípios, como Goiás e Maceió, também chamaram atenção por imporem dificuldades e constrangimentos às mulheres que buscam a interrupção da gravidez de forma legal.

Diante deste cenário, a atitude das autoridades, como a do prefeito Ricardo Nunes, é vista como uma forma de tortura psicológica contra as mulheres que buscam exercer um direito básico à saúde, demonstrando uma falta de compreensão e humanidade por parte dos responsáveis políticos.

Em meio a isso, a sociedade e demais órgãos competentes têm se manifestado e buscado garantir o cumprimento da legislação e o respeito aos direitos das mulheres em situações de gravidez decorrentes de estupro, risco à vida ou anencefalia fetal. A discussão sobre o tema continua em pauta, buscando garantir a proteção e atendimento adequado a todas as mulheres que necessitam desse serviço.

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