Hungria pressiona por revisão anual que daria direito de vetar desembolsos da UE, mas enfrenta rejeição de outros países

A Hungria tem enfrentado pressão para revisar anualmente os desembolsos da União Europeia, o que lhe daria o direito de vetar o financiamento recebido. Esse movimento vai de encontro à previsibilidade de financiamento defendida por outros países membros da UE, que rejeitam a proposta húngara. No entanto, devido à necessidade de unanimidade entre os 27 países membros, o consentimento da Hungria se torna essencial para a aprovação do orçamento.

Um esboço das conclusões da cúpula revela que os líderes da UE propõem a realização de debates anuais sobre o uso do dinheiro da UE pela Ucrânia, com base em relatórios da Comissão Europeia. Isso não concederia à Hungria o direito de veto, mas permitiria que suas preocupações fossem expostas durante os debates.

O texto do esboço também enfatiza que o Conselho Europeu realizará um debate anual sobre a implementação do mecanismo, visando fornecer orientações sobre a abordagem da UE em relação à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. No entanto, a decisão final sobre esse acordo ainda depende do consentimento do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Durante uma reunião preparatória, o embaixador da Hungria informou que o país mantém a posição de desejar o mecanismo de veto, mesmo diante da rejeição de outros países membros da UE. A situação gera um impasse que pode impactar a aprovação do orçamento e gerar tensões dentro da União Europeia.

O embate entre a Hungria e outros países membros da UE destaca a complexidade das relações entre os Estados e as dificuldades em alcançar consensos em questões orçamentárias e de financiamento. A decisão final sobre a revisão anual dos desembolsos e a concessão de poder de veto à Hungria promete ser um tema de destaque na próxima cúpula da UE.

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