Além das mortes, um detalhe ainda mais aterrador veio à tona: a filha de apenas 7 anos da mulher assassinada foi encontrada com sinais de violência sexual. A menina foi avistada por moradores caminhando em direção à sua comunidade no último domingo (28), apresentando diversos ferimentos pelo corpo. Segundo a Polícia Civil, a criança foi imediatamente levada ao hospital e recebeu atendimento médico. Além disso, ela foi ouvida por um psicólogo e agora está sob os cuidados de seu pai. A família, de origem boliviana, estava instalada na região.
O caso tem gerado comoção em Benjamin Constant, com muitas manifestações de repúdio e tristeza da população local. As autoridades policiais estão realizando diligências para investigar o crime e buscar os responsáveis por tamanha barbaridade. A violência, principalmente contra os povos indígenas, tem sido uma triste realidade na região, que sofre com a falta de recursos e apoio institucional.
Representantes de organizações não governamentais e movimentos sociais têm se pronunciado sobre o caso, exigindo justiça e medidas efetivas para proteger as comunidades indígenas da região. Além disso, a comoção em torno do ocorrido tem levantado debates sobre a necessidade de fortalecer a proteção e os direitos dos povos originários, que frequentemente sofrem com a falta de representatividade e vulnerabilidade social.
A tragédia em Benjamin Constant expõe mais uma vez a desigualdade e a violência que assolam as comunidades indígenas em nosso país. É um grito de alerta para que medidas efetivas sejam tomadas para garantir a segurança e a dignidade desses povos, que tanto contribuem para a riqueza cultural e natural do Brasil.
