Em março do ano passado, o Tesouro Direto alcançou seu recorde mensal histórico, com vendas totalizando R$ 6,842 bilhões. Entretanto, as vendas de títulos no último mês de 2023 foram impactadas por instabilidades no mercado financeiro global, o que reduziu o interesse de alguns investidores.
Os títulos corrigidos pela Selic foram os mais procurados em dezembro, representando 70,3% do total de vendas. Em seguida, os títulos vinculados à inflação (IPCA) corresponderam a 17,2%, enquanto os pré-fixados representaram 9%. O Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+ responderam por 2,5% e 1% das vendas, respectivamente, no quinto mês de comercialização.
Desde dezembro de 2021, a Taxa Selic tem passado por aumentos significativos, saindo de 2% ao ano para 13,75% ao ano em agosto de 2023. Mesmo com as quedas recentes nos juros básicos, que hoje se encontram em 11.75% ao ano, as taxas continuam atraentes para os investidores.
Em relação ao número de investidores, 312,4 mil novos participantes se cadastraram no programa no mês passado, somando um total de 26.918.583 investidores. As vendas de até R$ 5 mil representaram 84,7% do total de operações de vendas, evidenciando o interesse dos pequenos investidores.
Os títulos de médio prazo correspondem à preferência dos investidores, com 33,8% das vendas para prazos de 1 a 5 anos, 53,5% para prazos entre 5 e 10 anos e 12,7% para prazos superiores a 10 anos. No total, o estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 128,23 bilhões no fim de dezembro.
Criado em 2002, o Tesouro Direto foi estabelecido com o objetivo de popularizar os investimentos em títulos públicos para pessoas físicas, oferecendo a possibilidade de aquisição direta via internet, sem a necessidade de intermediação de agentes financeiros. A venda de títulos públicos é uma das formas que o governo utiliza para captar recursos e quitar dívidas. Os interessados podem obter mais informações no site do Tesouro Direto.
