Com relação a um possível boicote a empresas vinculadas ao governo de Israel, Genoíno afirmou que defenderia essa medida, explicando que não se trata de preconceito contra o povo judeu, mas sim como uma “arma pacífica contra a ocupação militar”. Ele reiterou seu posicionamento a favor da existência de dois Estados, judeu e palestino, e expressou sua esperança por uma sustação do genocídio.
A resposta de Genoíno gerou reações, incluindo a do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, que classificou as declarações como “difíceis e perigosas”, e expressou a esperança de que elas não representassem nem o Partido dos Trabalhadores, nem as autoridades do governo Lula. Zonshine também enfatizou a posição de que o antissemitismo não é algo que o governo pode aceitar.
Este caso é apenas mais um capítulo em um conflito de longa data entre Israel e os palestinos. O apoio do Brasil à abertura do processo contra Israel na Corte Internacional de Justiça demonstra a postura crítica do país em relação às políticas do governo israelense na região, alinhando-se a iniciativas de boicote como forma de pressão para alcançar uma solução pacífica e justa.
Essa situação também destaca a delicada linha entre o ativismo político e o potencial de alimentar sentimentos antissemitas. Em um contexto de respeito às diferenças e busca pela paz, é fundamental que as ações e declarações sejam cuidadosamente consideradas para evitar deslizes que possam reforçar preconceitos e intolerância.