Essas pessoas teriam vivenciado eventos marcantes da história da cidade, como a Revolução de 1932 e a implementação do Plano de Avenidas na década de 1940. Com memórias que remontam a inauguração do Parque Ibirapuera em 1954 e as demolições de casarões na Avenida Paulista em 1982, esses centenários testemunharam as transformações ao longo do tempo na capital paulista.
A presença significativa de centenários coloca São Paulo em uma posição singular, uma vez que a quantidade de pessoas com mais de cem anos na cidade supera a população total de 71 municípios brasileiros. Além disso, o Censo revelou que a capital apresenta uma proporção menor de crianças em comparação com a média nacional, com 5,2% da população composta por bebês de 0 a 4 anos.
No entanto, a pirâmide etária da cidade mostra um grande contingente de pessoas entre 35 e 44 anos, totalizando 1,9 milhão de habitantes nessa faixa etária, o equivalente a 16% de toda a população. Além disso, São Paulo abriga 739 pessoas quilombolas e 19,8 mil indígenas, com a menor terra indígena do país localizada no Pico do Jaraguá.
Apesar da densidade populacional de 7.000 moradores por quilômetro quadrado, que é centenas de vezes maior do que a média brasileira, São Paulo ainda preserva grandes áreas de mata, especialmente em distritos como Marsilac e Grajaú, mantendo a concentração de pessoas por território relativamente menor do que em municípios vizinhos como Taboão da Serra, Diadema, Osasco e Carapicuíba.
São Paulo, responsável pelo maior PIB municipal do Brasil, ainda enfrenta desafios em termos de distribuição de renda, com uma remuneração média de 4,3 salários mínimos e um PIB per capita de R$ 66,8 mil, situando-se em 17º lugar no país. Estes dados ressaltam a complexidade demográfica, social e econômica da maior cidade do hemisfério Sul.