Polícia do Rio de Janeiro investiga agressão a mulheres transexuais na Lapa; Estabelecimento nega versão das vítimas.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando um caso de agressão a duas mulheres transexuais que ocorreu na Lapa, no Rio de Janeiro, na saída de uma casa de samba neste fim de semana. Segundo uma das vítimas, que compartilhou fotos de hematomas e ferimentos nas redes sociais, elas teriam sido espancadas por um grupo de 15 homens, incluindo seguranças do estabelecimento. No entanto, o Casarão do Firmino, localizado em frente ao local do incidente, emitiu uma nota afirmando que a história é mentirosa e foi criada para encobrir os verdadeiros culpados pela confusão.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá) e que estão em andamento diligências para esclarecer todos os fatos. As vítimas relataram que foram agredidas verbalmente com falas transfóbicas antes de serem espancadas e chutadas por todo o corpo, cabeça e rosto. Posteriormente, elas teriam sido impedidas de deixar o local, mesmo depois de embarcarem em um táxi, dentro do qual teriam sofrido mais agressões. O grupo de mulheres conseguiu sair do local e pedir ajuda à polícia.

Do outro lado, o Casarão do Firmino alega que, após o término do samba, um grupo do lado de fora começou a arremessar garrafas em direção aos funcionários da casa, ferindo dois seguranças que passaram por exame de corpo de delito. O estabelecimento também relatou que o mesmo grupo se envolveu em uma briga corporal com ambulantes na rua e em um desentendimento com um motorista de aplicativo que registrava o tumulto com o celular.

As vítimas, por outro lado, afirmam que como mulheres trans, elas sobrevivem às estatísticas que apontam o Brasil como o 14º país que mais mata pessoas trans. O Casarão do Firmino repudiou todos os tipos de violência e afirmou ser um espaço de resistência, alegria e amor, além de combater qualquer mentira criada para ocultar os verdadeiros provocadores e culpados da confusão.

A investigação está em andamento e as autoridades estão buscando testemunhas e imagens de câmeras de segurança da região para esclarecer o caso e identificar os responsáveis pelas agressões.

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