Em Munique, a marcha planejada teve que ser interrompida devido ao grande número de manifestantes que compareceram. A polícia estimou que 100.000 pessoas se reuniram nas ruas da cidade, marcando a maior concentração de protestos realizada até o momento. Em meio aos protestos, muitos manifestantes brandiam cartazes com mensagens como “Fora nazistas” e “Nunca mais, é agora”, em um claro repúdio às ideologias extremistas.
Já na esplanada do Reichstag, em Berlim, a participação dos manifestantes também foi massiva, sendo estimada em 100 mil pessoas pela polícia e 350 mil pelas estimativas dos organizadores. Além disso, durante o sábado, cerca de 250 mil pessoas manifestaram em dezenas de cidades em todo o país, segundo estimativas do canal ARD.
O impacto dos protestos após a revelação da reunião de extremistas reflete o repúdio da população alemã em relação aos discursos de ódio e às ideologias extremistas. A mobilização testemunha a indignação diante da possibilidade de um plano de expulsão em massa de estrangeiros, que traz à memória eventos históricos sombrios, como a Conferência de Wannsee, onde os nazistas planejaram o extermínio dos judeus em 1942.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, expressou sua preocupação em relação à reunião de extremistas, comparando-a à Conferência de Wannsee e destacando a gravidade do cenário atual. A sociedade alemã está unida e determinada a se posicionar contra qualquer manifestação de ódio e intolerância, como demonstrado pelos protestos em diversas cidades do país. Este cenário reflete a importância do engajamento da população na defesa dos valores democráticos e na promoção de uma sociedade inclusiva e tolerante.