Ataque de mísseis de Israel em Damasco mata quatro membros da Guarda Revolucionária do Irã

No último sábado (20), um ataque de mísseis atingiu a capital da Síria, Damasco, resultando na morte de quatro membros da Guarda Revolucionária do Irã, incluindo o chefe e o vice da unidade de informação da força na Síria. As informações foram confirmadas pela ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, que também informou que um quinto indivíduo foi morto nos ataques, cuja nacionalidade ainda é desconhecida.

O ataque, atribuído a Israel, teve como alvo o bairro de Mazzeh, onde fica a residência de conselheiros militares da Guarda Revolucionária. O prédio atacado desabou completamente, sendo ouvidas explosões em toda a capital síria. Ambulâncias e bombeiros foram deslocados para o local, onde as operações de resgate estão em andamento para salvar possíveis vítimas presas nos escombros.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, o bairro atacado abriga facções palestinas pró-Irã e unidades de comandos da Guarda Revolucionária. O presidente da ONG, Rami Abdel Rahman, ressaltou que os ataques visavam altos comandos desses grupos.

Desde o início da guerra civil na Síria em 2011, Israel lançou centenas de ataques aéreos contra o território do país, priorizando forças alinhadas com o Irã e posições do Exército de Damasco. A intensificação das ofensivas israelenses aconteceu após o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que também conta com o apoio do Irã.

Além dos confrontos na Síria, a situação se espalhou por todo o Oriente Médio, gerando violência também no Líbano, norte do Iraque, Mar Vermelho e na Cisjordânia. Nesta última região, um adolescente palestino-americano foi morto por forças de segurança israelenses durante confrontos, gerando uma série de protestos e críticas internacionais.

A Casa Branca, por meio do porta-voz da Segurança Nacional, John Kirby, demonstrou preocupação com o incidente e afirmou estar em contato com autoridades na Cisjordânia para obter mais informações. As tensões políticas e militares na região continuam gerando preocupações e a expectativa é que haja um esforço diplomático para conter o conflito.

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