De acordo com as imagens das câmeras de monitoramento da CCR Metrô Bahia, Edmar estava caminhando pelo terminal quando algumas pessoas o ajudaram a se manter de pé. Posteriormente, ele se envolveu em uma briga com outro homem no local, momento no qual os agentes chegaram e o levaram para outra área, em frente a um ônibus, onde ele foi imobilizado. A empresa responsável pelo metrô afirmou que os agentes perceberam que Edmar estava sofrendo um mal súbito e imediatamente acionaram socorro.
Após o incidente, os agentes envolvidos foram afastados e a empresa abriu uma investigação interna, além de implementar treinamentos para as equipes. A 2ª Delegacia de Homicídios da Polícia Civil da Bahia está investigando o caso e de acordo com informações preliminares, foram encontradas duas porções de cocaína em um bolso na roupa de Edmar, porém, laudos periciais ainda estão pendentes.
Segundo apuração da Folha, o relatório do atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) suspeita de intoxicação exógena, enquanto a investigação da Polícia Civil menciona a possibilidade de overdose, embora o processo esteja em segredo de Justiça. A situação levanta questões sobre a conduta dos seguranças, o uso de força excessiva e a necessidade de treinamentos adicionais para lidar com situações semelhantes no futuro.
A morte de Edmar Santos Costa traz à tona a discussão sobre abordagens policiais e de seguranças a pessoas negras, muitas vezes resultando em tragédias evitáveis. A polícia e empresas de segurança precisam rever suas práticas e adotar medidas para garantir a integridade e segurança de todos os cidadãos, independentemente da cor da pele. A sociedade aguarda as conclusões das investigações para entender as circunstâncias que levaram à morte de Edmar e para que as devidas responsabilidades sejam apuradas.