Durante o período de oito semanas, os corredores submetidos ao treinamento pliométrico realizaram uma variedade de saltos, com um aumento gradual ao longo do tempo. Durante esse período, os pesquisadores avaliaram o desempenho dos atletas nos saltos, a economia de tempo durante a corrida e a distribuição e percepção de esforço e sentimentos durante uma corrida de 10 km.
A comparação entre os grupos e o desempenho dos atletas antes e depois do período de treinamento revelou uma melhora significativa no desempenho em saltos e na economia de corrida. No entanto, não houve mudanças na percepção de esforço ou nos sentimentos de prazer durante a corrida de 10 km.
“Os resultados mostraram que o treino pliométrico melhorou de forma significativa o desempenho em saltos e a economia de corrida. No entanto, não houve mudanças na estratégia de prova, na percepção de esforço ou nos sentimentos de prazer durante a corrida de 10 km. Portanto, concluímos que o treinamento pliométrico é eficaz para melhorar a capacidade de salto e a economia de corrida, mas parece não afetar diretamente a maneira como os corredores distribuem seu esforço ou como se sentem durante uma corrida de 10 km”, explicou o pesquisador responsável pelo estudo.
A pesquisa faz parte da tese de doutorado de Everton Crivoi do Carmo, defendida em 2015 sob a orientação do professor Valmor Tricoli. O trabalho recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2015 e a tese completa, intitulada “Efeito da economia de corrida sobre a estratégia de prova utilizada durante uma corrida de 10 km”, está disponível no Banco de Teses e Dissertações da USP.
O estudo oferece novas perspectivas para atletas, treinadores e pesquisadores interessados em melhorar o desempenho esportivo e destaca a importância do treinamento pliométrico para o desenvolvimento da capacidade de salto e a economia de corrida.