Plínio expressou sua preocupação com o trabalho das organizações não governamentais (ONGs) na região, afirmando que elas não estão atendendo às necessidades básicas dos moradores, mesmo com a destinação significativa de recursos para a Amazônia.
“Uma só ONG que opera em nosso estado, a Fundação Amazônia Sustentável, recebeu R$ 54 milhões do Fundo Amazônia. Quanto desse dinheiro foi parar nas mãos da população, desses caboclos que trabalham duramente e enfrentam todo tipo de privação, e que são os responsáveis por guardar e resguardar a nossa soberania?”, questionou o senador.
O senador destacou a disparidade entre a preservação “quase integral” da floresta e os altos índices de pobreza no estado. Ele alertou para a necessidade de ampliação dos serviços públicos federais e estaduais, especialmente nos municípios do interior, onde a falta de assistência básica tem motivado migrações para Manaus, principalmente de indígenas que vivem em condições sub-humanas, em busca de terras na capital.
De acordo com dados do IBGE, Manaus abriga hoje 71 mil indígenas, que vivem em condições precárias. O senador ressalta a ironia dessa situação, considerando que esses indígenas vêm das reservas indígenas em busca de terras na cidade.
Apesar de reconhecer a importância das ONGs, Plínio Valério enfatiza a necessidade de uma atuação mais efetiva dessas organizações para garantir os direitos básicos da população da Amazônia. Ele destaca a importância de se estabelecer uma política de desenvolvimento socioeconômico sustentável na região, que englobe a preservação ambiental e a melhoria das condições de vida da população.
Nesse sentido, o senador enfatizou a necessidade de fiscalização rigorosa dos recursos destinados às ONGs que atuam na Amazônia, a fim de garantir que esses recursos sejam efetivamente aplicados em benefício da população local.
Em conclusão, Plínio Valério reforçou a importância de se aprofundar o debate sobre a preservação da Amazônia e a melhoria das condições de vida da população, apontando para a necessidade de uma atuação mais efetiva das ONGs e do poder público para enfrentar os desafios socioeconômicos da região.