Fuga de líder de facção e onda de violência em complexo penitenciário do Equador gera crise de segurança nacional.

Crise no Equador: Fuga de líder do tráfico desencadeia tensão e violência em prisões

O maior complexo penitenciário do Equador, localizado na cidade de Guayaquil, viveu uma semana caótica após a fuga de Adolfo Macías, 44, conhecido como Fito, líder de uma das maiores facções criminosas do país. As autoridades foram até a cela de Fito no último domingo (7) para transferi-lo a uma unidade de segurança máxima, mas ele não estava mais lá. Essa fuga desencadeou uma série de acontecimentos que levaram o presidente Daniel Noboa a decretar um novo estado de exceção, com toque de recolher das 23h às 5h por dois meses.

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Essa decisão resultou em uma onda de atentados terroristas, incluindo carros incendiados, explosivos e sequestros de policiais e agentes penitenciários. A situação chegou ao ápice com a invasão por criminosos encapuzados de um canal de TV ao vivo e a fuga de outro líder de facção, Fabricio Colón Pico.

O presidente declarou “conflito armado interno” e classificou 22 grupos de terroristas, concedendo mais poderes para as Forças Armadas atuarem junto à Polícia Nacional nas ruas. Durante a semana, a tensão passou a se concentrar em sete presídios, onde 178 agentes e funcionários administrativos foram feitos reféns pelos detentos. No sábado (13), milhares de militares e policiais entraram nas unidades, retomaram o controle e liberaram todos os que ainda estavam sequestrados.

A fuga de Fito ainda não foi explicada e está sendo investigada pelo Ministério Público. Existe uma série de versões conflitantes sobre os eventos que levaram à fuga, aumentando a perplexidade em torno do que realmente aconteceu.

A crise de segurança no complexo penitenciário Guayas reflete a situação instável que o país vive há cerca de três anos. Unidades prisionais se tornaram fortalezas e escolas do crime, com inúmeros episódios de rebeliões e massacres de presos. Fito cumpria uma sentença de 34 anos desde 2011, sendo acusado por homicídio, roubo e posse de arma.

A fuga do líder do tráfico é um sintoma de uma crise mais ampla que assola o Equador. O presidente Noboa anunciou planos para extraditar detentos estrangeiros, especialmente colombianos, venezuelanos e peruanos, e construir duas prisões de segurança máxima para 1.500 presos no total. No entanto, resta explicar como e até quando ele fará isso.

A escalada da violência no sistema prisional equatoriano é um desafio considerável para o atual governo, que enfrenta uma realidade alarmante e turbulenta em suas prisões. A fuga de Fito desencadeou uma série de eventos que evidenciam a complexidade e a urgência de soluções para a crise penitenciária no país.

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