Em São Paulo, a concentração teve início às 18h30 no vão livre do Masp, onde cerca de 500 pessoas se reuniram mesmo em meio à forte chuva. O evento contou com um emocionante tributo, no qual o grupo musical Cumbia Calavera se apresentou, e palhaças leram uma carta manifesto em homenagem à artista.
A educadora e palhaça Ludimila Corrêa expressou seu sentimento em relação à tragédia, ressaltando: “Me sinto massacrada e também um pouco assassinada como Julieta. É revoltante viver numa sociedade que não consegue garantir o direito de ir e vir de uma mulher.” A cicloativista e vereadora suplente Renata Falzoni também participou da homenagem, destacando a importância cultural e a violência da morte de Julieta.
No Rio de Janeiro, manifestantes esticaram uma faixa reivindicando o direito de viver sonhos em segurança, enquanto uma palhaça local compartilhou memórias dos últimos momentos ao lado de Julieta. A bióloga Maria Claudia Kohler, mãe da socióloga Marina Kohler Harkot, que foi atropelada e morta enquanto pedalava em São Paulo em 2020, também esteve presente. Ela ressaltou a importância do movimento como uma luta contra o medo e uma manifestação pelo direito de escolha e de sonhar.
A morte brutal de Julieta Hernández, assim como a de outras mulheres ciclistas vítimas de violência, trouxe à tona a necessidade de garantir a segurança das mulheres no exercício de sua liberdade e autonomia. A manifestação marca um movimento de resistência e solidariedade, reforçando a importância de se unir em prol de um ambiente seguro e igualitário para todos.
As homenagens e manifestações em várias cidades do Brasil e do exterior demonstram a comoção e a vontade de justiça diante de tragédias como a de Julieta Hernández, ressaltando a importância de se lutar por um mundo em que todos possam exercer sua liberdade de forma segura e pacífica. A união e mobilização social são fundamentais para que casos como este sejam enfrentados e para que a memória de Julieta e de outras vítimas da violência não seja esquecida.