Para o avanço social, o presidente Arévalo ressalta a necessidade de uma “luta sustentada e gradual”, que passa pela restauração de instituições supostamente “cooptadas” pelas “elites corruptas”. Entre elas, estão o Ministério Público, o Congresso, os tribunais e a Controladoria. O líder guatemalteco aponta a corrupção como um problema sistêmico em seu país.
Sua estratégia para lidar com essa questão inclui a criação de uma comissão com o objetivo de propor reformas que impeçam o enriquecimento ilícito e o clientelismo político. A Guatemala ocupa o 30º lugar no ranking de corrupção da Transparência Internacional, entre 180 países, evidenciando a gravidade do problema.
Além disso, o presidente Arévalo, que também é filósofo e fala cinco línguas, tem como missão reconstruir a democracia e alcançar a governabilidade, segundo o ex-advogado de direitos humanos Jordán Rodas, que hoje está exilado em Washington. Rodas se mostra confiante na capacidade de Arévalo para lidar com a situação, destacando sua experiência na resolução de conflitos.
Vale ressaltar que Arévalo nasceu em Montevidéu e passou sua infância no exílio, devido ao golpe de Estado contra o progressista Jacobo Árbenz (1951-1954). Com esse histórico, o presidente guatemalteco se mostra comprometido em promover mudanças significativas em seu país, visando a melhoria da qualidade de vida da população e o combate à corrupção e às desigualdades sociais.