Industrialização boliviana terá resultados visíveis em 2024 com construção de 150 indústrias, incluindo fábricas de NPK e carbonato de lítio.

A Bolívia está apostando em uma política de industrialização com substituição de importações, que inclui a construção e operação de mais de 150 indústrias, com a expectativa de que em 2024 sejam visíveis os resultados dessa estratégia.

A vice-ministra da Comunicação, Gabriela Alcón, afirmou que as mais de 150 fábricas instaladas no país serão um marco importante para a economia boliviana. Até o momento, duas indústrias já estão em pleno funcionamento: a Fábrica de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) para produção de fertilizantes granulados em Cochabamba, e a Planta Industrial de Carbonato de Lítio, em Llipi, sudoeste do departamento de Potosí.

A Fábrica de NPK, em particular, teve um investimento de mais de nove milhões de dólares e tem capacidade para produzir cerca de 60 mil toneladas por ano de NPK e uréia granulada de liberação lenta, dois fertilizantes de alta demanda no mercado.

O governo boliviano espera que essa produção cubra 100% da demanda nacional, reduzindo a necessidade de importação desse insumo. Além disso, uma planta industrial de carbonato de lítio foi inaugurada em dezembro de 2023 e está prevista para fornecer anualmente cerca de 15 mil toneladas do composto.

Gabriela Alcón anunciou que nos primeiros meses de 2024, quatro das sete usinas que compõem o Complexo Siderúrgico Mutún deverão entrar em operação, ampliando a produção de aço corrugado e fio-máquina. Em Mutún, local onde estão investidos cerca de 546 milhões de dólares, o objetivo é melhorar a infraestrutura relacionada à indústria do aço.

Além disso, a Bolívia planeja inaugurar a primeira usina de biodiesel do departamento de Santa Cruz e posteriormente a segunda em El Alto, departamento de La Paz, no primeiro trimestre de 2024, com o objetivo de substituir parte do diesel importado.

Com essas iniciativas, o governo boliviano espera mostrar resultados visíveis no desenvolvimento industrial do país, com a expectativa de promover a economia de “base ampla”, garantindo sustentabilidade e valor agregado para a economia boliviana.

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