Governos equatorianos têm tentado conter a influência da facção, transferindo seus membros influentes para outras prisões na tentativa de desarticular suas lideranças, mas a medida tem se mostrado ineficaz. Mesmo distantes, os líderes continuam a comandar o crime de dentro do cárcere, criando subgrupos e mantendo o controle do tráfico e de outras atividades ilícitas.
Não se trata de um problema isolado nos presídios equatorianos, mas de uma realidade que se estende por todo o país. O Equador está entre os três países mais violentos da América Latina, com mais de 7 mil homicídios registrados somente em 2023, de acordo com o Observatório Equatoriano de Crime Organizado (OECO). Esta cifra coloca o país atrás apenas da Venezuela e Honduras no que diz respeito à violência.
Recentemente, o país foi palco de um novo episódio de tensão, quando José Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder dos Choneros, escapou da prisão no domingo (8). A fuga de um dos líderes da facção aumentou ainda mais a instabilidade e a sensação de insegurança no Equador, especialmente após o assassinato de parceiros que deixou Fito ainda mais poderoso.
O caos no sistema penitenciário e a crescente influência de facções criminosas como Los Choneros representam um desafio constante para as autoridades do Equador, que precisam adotar medidas eficazes para conter a violência e recuperar o controle sobre as prisões e as ruas do país. A situação evidencia a necessidade de um olhar atento e a implementação de políticas públicas eficazes para lidar com o crime organizado e a violência no Equador.