Diagnóstico precoce da hipertensão pode evitar 76 milhões de mortes até 2050, alerta relatório da OMS

Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a importância do diagnóstico precoce da hipertensão arterial, uma vez que pode prevenir complicações e evitar milhões de mortes. Segundo o relatório, 76 milhões de mortes poderiam ter sido evitadas entre 2023 e 2050 se a hipertensão tivesse sido detectada a tempo.

O clínico geral francês Nicolas Postel-Vinay, que atua no setor de Hipertensão Arterial do Hospital Georges Pompidou, em Paris, destaca que a doença é mais comum em adultos acima de 50 anos. No entanto, ele ressalta que jovens que tiveram doenças renais na infância e mulheres que desenvolveram pressão alta na gravidez ou usam anticoncepcionais também devem ficar atentos, mesmo na ausência de sinais específicos.

Além disso, a obesidade, o sedentarismo, o consumo de sal e a predisposição genética são fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento da hipertensão. Postel-Vinay ressalta que, em 80% dos casos, a causa da pressão alta não é identificada, mas o diagnóstico precoce é essencial para prevenir complicações.

O médico também destaca a eficácia dos tratamentos contra a hipertensão arterial, mas enfatiza a importância de seguir à risca as orientações médicas. Ele alerta que muitos pacientes não tomam os medicamentos como deveriam, o que é um dos principais problemas no tratamento da doença.

Os tratamentos para hipertensão arterial são individualizados e podem incluir diferentes medicamentos, adaptados às necessidades de cada paciente. Postel-Vinay ressalta que a adesão ao tratamento é fundamental para controlar a pressão arterial e prevenir complicações.

Portanto, a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento correto da hipertensão arterial é essencial para reduzir o risco de complicações e evitar milhões de mortes que poderiam ser evitadas se a doença fosse detectada a tempo.

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