Escândalo militar: Ataques às urnas eletrônicas, cumplicidade com Bolsonaro e tentativa de golpe antidemocrático.

Durante as eleições ocorridas recentemente, militares atacaram as urnas eletrônicas para favorecer o então candidato Jair Bolsonaro. Além disso, após o segundo turno, os comandantes das Forças Armadas divulgaram uma nota controversa, alegando que o fato de não terem encontrado problemas nas urnas não significava que eles não existiam. Além disso, deram apoio aos movimentos golpistas que acampavam ao redor de quartéis e bloqueavam rodovias, defendendo os atos como legítimos.

Ao longo dos quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro, estabeleceu-se uma relação próxima com os militares, oferecendo-lhes cargos e vantagens em diversas áreas, como na Reforma da Previdência. Contudo, também foram beneficiados com privilégios como acesso a produtos de luxo, financiamento para Viagra, próteses penianas, camarão e filé mignon, bem como pensões especiais para filhas não casadas e acesso a hospitais exclusivos.

Além disso, houve casos de corrupção envolvendo militares, como a negociação de sobrepreços e propinas para a compra de doses de vacina contra a covid-19, em meio à escassez do imunizante e aumento das mortes decorrentes da doença. O presidente Bolsonaro demandava, em troca, a cumplicidade dos militares para fortalecer sua influência e imagem, chegando ao ponto de mensagens de oficiais pedindo golpe de Estado e minutas golpistas dando poderes ditatoriais às Forças Armadas serem reveladas.

Tudo isso representa um retrocesso em relação aos anos de ditadura que o Brasil viveu, mostrando que as feridas deixadas por esse período ainda não foram devidamente tratadas. O país ainda enfrenta desafios no que diz respeito à democracia e ao papel das Forças Armadas na política nacional. A relação estreita entre o governo e os militares levanta questões sobre o futuro do país e a garantia da democracia como um princípio fundamental da nação.

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