Ao longo de sua trajetória acadêmica, McNamara se dedicou a pesquisas sobre fisiologia, zoologia e morfologia da fauna marinha, tornando-se um dos maiores especialistas em crustáceos do país. Sua paixão e dedicação lhe renderam vários prêmios nacionais e internacionais, solidificando seu status como um dos principais estudiosos do mundo marinho.
Além de suas contribuições para a ciência, McNamara era conhecido por sua calma e carisma, conquistando uma legião de admiradores ao longo de sua carreira. Sua capacidade de ouvir e contar histórias de vida o tornou uma figura querida por seus alunos e colegas. Segundo Agatha Souza, uma de suas alunas, McNamara era tão doce que emocionava a todos ao seu redor.
Apesar de sua longa estadia no Brasil e sua naturalização, McNamara não se rendeu a todos os aspectos da cultura local. Ele não demonstrava interesse em atividades como o samba, o Carnaval e a literatura em língua portuguesa, mas ainda assim era um devoto ao país que o acolheu e lhe proporcionou tanto amor e apoio.
Nos últimos meses, McNamara esteve afastado de suas atividades acadêmicas devido a um tratamento contra um linfoma. Infelizmente, ele veio a falecer no último dia 8, deixando sua viúva Elaine e incontáveis colegas, amigos e admiradores. Sua vida e legado foram honrados durante o 187º Concerto da USP Filarmônica, um evento pré-natalino da instituição no qual o docente foi o principal homenageado.
A perda de John Campbell McNamara representa um vazio imensurável na comunidade científica e acadêmica do Brasil. Seu legado e contribuições à ciência e à educação permanecerão como testemunho de sua importância e impacto duradouro.