A caatinga, que ocupa cerca de 10% do território nacional, teve suas queimadas intensificadas devido às ações antrópicas, como o uso de queimadas para limpeza de áreas a serem preparadas para cultivo. Além disso, relatos de incêndios criminosos como forma de fomentar o desmatamento representam uma ameaça adicional ao bioma.
Os incêndios de grande intensidade causam perdas irreversíveis à biota, especialmente em ecossistemas sensíveis e nas unidades de conservação. O aumento da aridez na caatinga é apontado por cientistas como uma das consequências das mudanças climáticas causadas pelas atividades humanas, o que aumenta as chances de desertificação.
A falta de políticas públicas para a conservação da caatinga é apontada como uma das causas do aumento das queimadas, tendo em vista o baixo percentual de áreas protegidas em relação à área do bioma. A atenção dada à conservação da caatinga ainda é considerada insuficiente e ineficiente.
Com uma área equivalente a aproximadamente 10% do território brasileiro e com uma rica biodiversidade adaptada às altas temperaturas, a caatinga é um bioma que merece atenção e cuidado. As queimadas frequentes não só impactam o ecossistema local, mas também colocam em risco a segurança hídrica e alimentar das populações locais.
O estudo do Inpe em parceria com o Cemaden aponta que a aridez na região tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas, resultando em mudanças no clima e na distribuição das espécies. O bioma sofre não só com as queimadas, mas também com o avanço do desmatamento e a falta de políticas de conservação eficazes. O reconhecimento da importância da caatinga como patrimônio nacional e a implementação de áreas protegidas são medidas cruciais para a preservação desse rico bioma brasileiro.