A peça examina trechos do diário recém-publicado de Mércia, intitulado “Diários de Mércia Albuquerque: 1973-1974”. Neste ano, completam-se seis décadas do golpe civil-militar, mas Andrea ressalta que a importância do tema da peça não se limita à data comemorativa. Ela destaca que no ano passado, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram a sede dos três poderes em Brasília, em um ato com conotações golpistas.
Segundo Andrea, a realidade autoritária ainda persiste no Brasil, refletida na violência cotidiana, no racismo estrutural e na falta de punições para os responsáveis pelos crimes cometidos durante a ditadura militar. Ela expressa alívio com a presidência de Lula e destaca a importância da ascensão de Margareth Menezes como ministra da Cultura.
A peça, que conta com a participação do filho mais velho de Andrea, Francisco, promete uma abordagem emocionante dos momentos recordados no diário de Mércia. Andrea valoriza o teatro como forma de preservar a memória e contribuir para a reflexão social.
Além de seus trabalhos nos palcos, Andrea também possui uma carreira marcante na televisão, tendo participado de diversas produções, como “Rainha da Sucata”, “Pedra Sobre Pedra” e “Mulheres de Areia”, além de se destacar no seriado “Tapas & Beijos”. Ela também busca levar a série para as telonas.
Em meio a uma vida dedicada à arte, Andrea Beltrão demonstra seu amor pelo Brasil e seu orgulho em morar no país. Ela reforça que a televisão foi fundamental para sua vida, permitindo-lhe também investir em um teatro sem apoio de leis de incentivo. A atriz, que respira cultura, mantém viva a chama do teatro e contribui para a preservação da memória e da história.