“Desafio de Janeiro” ganha força na França, apesar da falta de apoio do governo e do lobby do setor do vinho.

O movimento mundial conhecido como “Dry January” (janeiro a seco) ou “Défi de janvier” (desafio de janeiro) tem ganhado força na França, apesar da falta de apoio do governo influenciado pelo lobby do setor do vinho. O desafio de deixar de beber durante o mês de janeiro foi lançado no Reino Unido em 2013 e desde então tem se expandido por diversos países, incluindo a França.

A campanha é promovida por um grupo de associações desde 2020 e tem recebido apoio de médicos que defendem os benefícios da abstinência de álcool para a saúde. Segundo os especialistas, a proposta de um mês sem álcool é uma oportunidade para as pessoas questionarem seu próprio consumo e avaliarem os impactos positivos que a abstinência pode trazer para suas vidas.

O professor de psiquiatria e adictologia na Universidade Paris Cité, Michel Lejoyeux, afirma que o “Dry January” oferece a oportunidade de experimentar a vida sem álcool e refletir sobre até que ponto essa substância é essencial em nossas vidas. A iniciativa visa não apenas promover a conscientização sobre os efeitos nocivos do consumo excessivo de álcool, mas também incentivar a reflexão sobre hábitos e atitudes em relação à bebida.

Apesar do lobby do setor do vinho ter influenciado negativamente o apoio do governo francês à campanha, o “Dry January” continua a ganhar adeptos a cada ano. Considerando que a França é mundialmente conhecida pela produção e consumo de vinhos, a resistência ao movimento não é surpreendente. No entanto, a crescente adesão de pessoas ao desafio mostra que existe um interesse genuíno em questionar os hábitos relacionados ao consumo de álcool.

O “Dry January” apresenta-se como uma oportunidade para promover a reflexão sobre a cultura do álcool e seus impactos na sociedade, além de incentivar escolhas mais conscientes em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. A expansão do movimento na França sinaliza um crescente interesse nas questões relacionadas à saúde e ao bem-estar, demonstrando que a sociedade está cada vez mais aberta a discutir e repensar hábitos que impactam diretamente a qualidade de vida.

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